Antes da nossa relação se tornar mais séria, eu preciso contar-vos isto: a lingerie é muito mais do que o que parece. Desde que li o 'Paris Undressed', (um livro super interessante sobre lingerie e a relação que estabelecemos com ela), que fiquei super entusiasmada com esta possibilidade: a lingerie é "um convite para viver e amar a sua vida". Não pode não ser! Apesar da indústria da moda continuar a explorar conceitos como os da sedução, sexualidade e sensualidade para vender, a moda íntima, como eu a vejo e como você a precisa ver, tem pretextos mais nobres. E o fascinante é: esses pretextos têm mais a ver consigo do que com quem quer seduzir.
Ter parceiro/a ou não ter, ainda é critério de compra, mas não devia ser. O "comprar p'ra quê, se ninguém vai ver?" é apenas uma crença absurda que nós, mulheres, temos a responsabilidade de não alimentar. Se não por nós, então pelas filhas, sobrinhas, afilhadas e netas que se seguem. A lingerie é (muito) mais do que isso. E esse mais começa no facto de permitir mudar a percepção que uma mulher tem do seu corpo sem que se mude o seu corpo. O chamado lifting da auto-estima. Percebeu, agora, as dores a que se pode poupar?
A lingerie não é apenas um prolongamento ou uma protecção da pele. É, para além de um equipamento de saúde (pensando em tudo o que pode fazer pela sua postura), e de uma ferramenta de empoderamento feminino (muito necessária em determinados países), um convite para celebrar o seu corpo - de uma forma saudável - e tudo aquilo que ele lhe permite SENTIR e FAZER. Então, não interessa nada se você tem ou não tem parceiro/a. Você precisa mais da lingerie do que o que suspeita.